Caríssimos alguéns!

Após séculos sem escrever, um lapso de ódio me fez ressurgir para o mundo da escrita. Então, estou de volta ao mundo das crônicas e bobeiras que visualizo todos os dias pelas ruas.
Espero que alguém leia, mas se ninguém ler, não tem problema, pelo menos eu desestresso escrevendo e ponto final.
Abraço abstrato a todos \o/


Ps: Vou colocar uma imagem decente de abertura do blog, assim que puder. ehhe

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

GRALHA AZUL

Hoje, enquanto trabalhava lembrei-me de mais uma historinha de minha nona... calma! Esse blog é meu e não dela! É que ela faz cada uma, que não posso deixar de contar aiuhuahuah

Então, um belo domingo, há muito tempo atrás, meu tio Valcir, que morava em uma fazenda, resolveu fazer aquela churrascada e chamou meio mundo para partilhar aquela maravilha. Meu pai tinha uma Topic (Igualzinha a que está ao lado), e imagina no que resultou o convite? Lotamos a Topic com toda a parentaiada ahaha (isso realmente é costume de família ehehh). Ooooo carro maravilhoso; cabem 16 pessoas confortavelmente apertadas como uma lata de sardinha... ai ai, mas era tão divertido ehhe enfim, nela fomos (Eu, pai, mãe, meu irmão Alcioni, tia Dela, Tio Plínio, seus filhos Carla e Rodrigo (Igo), Tia Vanilde e Tio Miguel com suas filhas Jaqueline e Francieli, Tia Preta e Tio Hilário e Gian, e adivinha quem? Dona Santa, é claro, ela não poderia faltar auhahuah 16 bem certinhoooooooooooooooo hhehe
E o tempo passou, e as barrigas se encheram, crianças caíram e choraram, mães brigaram com os filhos que queriam tomar banho de *açude

DICIONÁRIO INTERIORANO
*A.çu.de - s. m. Construção destinada a represar águas pluviais com finalidade econômica.

Continuando... foguetes estouraram, laranjas caíram, cachorros comeram e correram, pedras rolaram e a tarde chegou ao fim. Então, já dentro da Topic, Rodrigo e eu estávamos conversando sobre o que havíamos visto:

César - Igo, eu vi uma paca!

Igo - Nossa, eu vi um caranguejo bemmm vermelho!

César - Nooossa, sabe o que mais eu vi? Um papagaio do mato!

Nisso, repentinamente, Dona Santa interrompe:

Dona Santa - Eu viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii um passarrrrrrinho de todas as cores! Vermelho, amarelo, verde, azul, rosa, violeta, branco, preto, verde limão, roxo, lilás, laranjado, cor de burro quando foge...

(César e Rodrigo com cara de tédio) - Aé nona! Mas não era um Bem Te Vi?

DS - NÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Sabiá?

DS - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Papagaio?

DS - NÃÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Periquito?

DS - NÃO!

CeR - Mas não era uma Gralha Azul?

DS - Não, Gralha Azul é preto e branco!

uahuahahuau cada uma que só por Deus!
Para quem ainda não entendeu é so ver a foto lá em cima. hehehe


Fontes das Imagens:
http://storm.tocmp.com/asia/Topic1.jpg
http://www.gazetadelimeira.com.br/gazetinha/imagem_noticias.php?codigo=45

domingo, 25 de novembro de 2007

Rezando no cemitério

Quando a gente mora fora da cidade de origem e os dias vermelhos dos calendários vão se aproximando, a vontade de colinho de mamãe vai surgindo do nada e se torna incontrolável... resultado: Vou para Coronel.
E foi assim que no feriadão de finados resolvi visitar minha família lááá no esquecido sudoeste do Paraná, e relembrado pela Bozena (de Toma lá da cá).
Então, já em Cvv beach, resolvemos ir ao cemitério rezar no túmulo do meu nono (percebe-se que sou italiano).
Embarcamos em nosso fusca verde metálico, ano 73: meu pai, minha mãe e eu (com as pernas encolhidas no banco de trás), e fomos até a casa de minha nona (Dona Santa), que recebia a visita de minha tia (Vanilde), então, todos resolvemos ir ao cemitério rezar, afinal, no dia de finados havia chovido tanto que mal saímos de casa. E foi assim que nosso fusca encarou a grande missão de carregar todos nós até o destino.


Alguém já ouviu aquela piada que pergunta como se faz para colocar cinco elefantes dentro de um fusca? E foi assim, três atrás e dois na frente. Na direção Valdir, pesando aproximadamente 110kg, no banco do carona, Dona Santa em seus 100 kg. Bancos traseiros: Atrás do motorista, pesando quase 100 kg, tia Vanilde, no meio Alice (minha mãe), em seus 60kg, e para finalizar: César, com seus sofridos 65 kg. Aquele fusca foi muito corajoso, e aos trancos e barrancos chegamos ao cemitério, VIVOS! Lá, como de praxe, foi aquela velha história de sempre: meu pai e eu com o destino diretamente focado no túmulo do meu nono, enquanto isso Dona Santa ia atualizando sua relação de conhecidos que partiram dessa pruma melhor. Finalmente, após várias paradas, chegamos ao túmulo, e logo minha mãe disse:
- Vamos então, rezar uma dezena do terço para o Sogro;
Rapidamente falei em seus ouvidos:
- Isso mesmo mãe, uma dezena ta bom, senão a gente não sai mais daqui hoje! (Eu gosto de ir ao cemitério, mas não em uma tarde de sol insuportável e vestido de preto).
Eu mal sabia, mas estava prestes a vivenciar mais uma história de minha nona ehhehe
Então ficamos em forma de semicírculo: Eu, pai, mãe, nona e tia.
E começou o terço... e eu, só de olho na minha nona pra ver o que ela iria fazer (foi instintivo).

Todos: "Ave Maria cheia de graça, o senhor é convosco, bendito sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre Jesus... Santa Maria (E eu de olho na minha nona: ela balançava pra cá, olhava pra lá, arrumava o óculos e rezava), mãe de Deus rogai por nossos pecadores, nisso ela disse: Ali em cima ta mofado, tem que mandar limpar agora e na hora de nossa morte, amém. (Eu queria morrer de tanto rir, mas não podiaaaaaaaa. Ela interrompeu a reza pra dizer aquilo? auhauhauhua) E o baile continuou... Creio em Deus pai todo poderoso, criador do céu e da terra (nisso a nona erguei sua mão, olhou suas unhas e disse) olhe minhas unhas Vanilde em Jesus Cristo seu único filho... iauhuahuahuhauhauhuahuha
Sei que pode parecer sem graça ler essa história, pois transformar em texto as falas da minha nona é quase missão impossível, mas mesmo assim acho que deu para entender como é estar com a minha família num feriado. Cada coisa que a gente vê e ouve... é como dizem: melhor ouvir certas coisas do que ser surdo ehehhe
Eu me divirto.