Caríssimos alguéns!

Após séculos sem escrever, um lapso de ódio me fez ressurgir para o mundo da escrita. Então, estou de volta ao mundo das crônicas e bobeiras que visualizo todos os dias pelas ruas.
Espero que alguém leia, mas se ninguém ler, não tem problema, pelo menos eu desestresso escrevendo e ponto final.
Abraço abstrato a todos \o/


Ps: Vou colocar uma imagem decente de abertura do blog, assim que puder. ehhe

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Espírito de pernilongo

Dias atrás estava eu, aqui no meu quadrado de cimento, preparado para dormir. Fazia um calor infernal, mas mesmo assim meu edredom estava ao meu lado, pois afinal, moro em Curitiba, e o clima muda tão rapidamente que só percebo quando minha garganta me lembra de sua existência. Enfim, o sono não vinha, fui ler a bíblia e descobri que gênesis só é interessante no início, pois depois do fim do dilúvio vira um tal de filho do filho do filho da mãe e do pai que viveu 900 anos e blá blá blá, se quisesse uma árvore genealógica eu faria a minha, que é muito mais simples! E lá pelas tantas, luzes apagadas, ouvi aquele zumbido agudo e estridente (nhiiiiiiiiiiiiiiii iiiiiiiiiii nhiiiiii), refleti serenamente: PUTA QUE PARIUUUUUUUU!!! NÃO ACREDITO QUE TEM UM FILHO DA PUTA DE UM PERNILONGO AQUI! Do alto de minha serenidade percebi o quão errado estava e pedi perdão, pois eram DOIS FILHOS DA PUTA! O ódio veio de maneira tão estrondosa que em um pulo levantei do colchão (não tenho cama; moro em uma kitinete e preferi torná-la uma grande sala. Ahhhh não preciso dar satisfação para ninguém!). Continuando... Acendi a luz e vi na parede uma forma maldita de vida e logo acima, outra! Olhei para os dois e calculei cuidadosamente o Super Golpe Ninja do Chinelo Mortal Samurai e yyaaahhhhhhhhhh matei um, huuuuuuuuaaaaaaaa, dois! Uhuuuuuuuuu estão mortosssssss... malditos! Ahhhh como é bom matar, me senti um pouco Beatrix Kiddo! A gente se sente leve, é impressionante. Dormi como um anjo. No dia seguinte, apareceu uma bolinha no meu braço, e aquilo coçava, coçava, coçaaaaavaaaaaaaa ai ai ai! Mas como? Não havia pernilongos mais!!! Foram os espíritos, só pode! Durante o dia fui percebendo que apareciam mais bolinhas, bolinhas e bolinhas que coçavam mais ainda! Quanto mais eu coçava, mais aquilo coçava e mais vermelho ficava... Mas o que é isso?????????? Eu to ficando todo marcado!!!! Será que todos precisam saber que estou sendo chupado por eles o dia inteiro?????? É a Letra Escarlate dos pernilongos por acaso????????

Rezei um Pai Nosso em intenção daquelas almas atormentadas e pedi para deixarem minha vida, pois não suportava mais aquela coceira. De nada adiantou, mais um dia e mais 20 bolinhas e mais 20 roxinhos e menos pele. Eu quero minha mãããããee!

No terceiro dia, já estava com consulta marcada no médico, para outras finalidades, e é claro, o médico não deixou de notar tamanha abrangência dos roxos; resolveu fazer um teste. Pensei comigo: que mal faz?

Nunca mais como tomates.














Fonte dos tomates: http://i161.photobucket.com/albums/t210/cintialeme/TomateMetido.gif

Rapidinha e gostosa hummm

CONTEXTUALIZANDO...

Sulina é um município brasileiro do estado do Paraná que foi colonizada na década de 50. Os colonizadores vieram do Rio Grande do Sul. Sua população inicial era formada por descendentes de Alemães, Italianos e Poloneses. A origem do nome se dá pelo fato de seus colonizadores serem sul-riograndenses ou seja, gaúchos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sulina


Eis então que minha nona estava na casa de minha tia, vendo TV, com cara de sono, ajeitando o óculos, juntamente com minha prima Carla. De repente, em um comercial, aparece o Reinaldo Gianecchini, e minha prima com aqueles olhos de adolescente em ebulição, olha admirada para a televisão e diz em voz alta:

- Olha o Reinaldo Gianecchiiiiiiiini!!!

E a nona:

- Quééém na Sulina de biquíni?????

hiiiihihiaiuhaiuhaihauhuahuhahaahahaa











Fonte das imagens:
www.zard.com.br
http://www.upseros.com/fotocopiadora/ficheros/gato.jpg

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Namoradinhos ¬¬



Quando os feriados chegam, sempre surge em minha cabeça aquela pergunta: E agora José? Às vezes ficar em Curitiba é inevitável devido às festas e alegrias e tchururus, mas Cvv Beach sempre teima em entrar nos meus planos, então, rumo ao esquecido Sudoeste do Paraná!


22:15 de sei lá qual dia, César está em casa arrumando suas malas, bebendo todo o leite da caixinha, engolindo rolinhos de presunto e queijo, tudo isso com banana (Alguém já viu uma banana madura depois de cinco dias?), enfim, comendo tudo para não estragar nada (interessante recurso lingüístico “comer tudo para não estragar nada”, chega ser poético).

22:40 César pega o táxi e vai a rodoviária;

23:00 Finalmente, César pega o ônibus Curitiba-Francisco Beltrão, depois de convencer mais ou menos 5 mendigos que não tinha dinheiro (quem já esteve na rodoviária de Curitiba sabe muito bem do que estou falando).


Aaaaahhhhhh a glória dos vitoriosos pairou sob minha existência no momento em que entrei naquele ônibus magnífico, confortável, aconchegante, amarelo... cheirandoooo... cheirando... Enfim, são detalhes; o impressionante é que enquanto andamos, procurando nosso assento, já ficamos imaginando que tipo de entidade estará ao nosso lado durante toda a viagem... Felizmente era minha noite de sorte. Uma linda jovem estudante, de algum curso, de sei lá qual universidade, de qualquer lugar, estava sentada no assento da janela (corredor ao lado do motorista), na penúltima dupla de poltronas. Papo vai, papo vem, saímos de Curitiba, as luzes foram apagadas, e foi aí que percebi: sorte é algo relativo.

No outro corredor, havia um casalzinho de namorados (Um menino e uma menina, afinal existe diversidade), trocando beijinhos que estalavam em meus tímpanos como uma agulha quente, fazendo uma tatuagem escrita “Smack”. E eu e a loirinha ao meu lado só reparando, e como duas velhas vizinhas fofoqueiras colocando defeito e achando tudo aquilo uma falta de vergonha na cara... onde já se viu uma coisa como essa acontecer dentro de um ônibus de família? (Pura inveja hehe). E é claro que como tudo na vida, os beijos também chegaram ao fim, e o silêncio fez-se presente naquele amarelo ônibus... de repente uma luz foi acesa e aquele reflexo veio como uma lança em meus olhos, me cegando e levantando minhas mãos frente a minha face fortemente (fff) expressiva (QUE ÓDIO!!!), contive-me, pois às vezes a luz é necessária por alguns instantes durante a viagem.

O tempo passou, assim como minha paciência e da loirinha também. Já dizia um velho sábio: “Quando você pensa que tudo está ruim, calma, ainda pode ficar pior”. Foi quando escutei um “Creck” e pensei: NÃO! Não pode ser... o casalzinho tirou um Ruffles para comerrrrrrrrrr, com a luz acesa!!!! E era um tal de creck aqui, crock ali, smack acolá... agora me digam, por favor, há um manual de instrução escondido no pacote do Ruffles que sugere que ele seja degustado dentro de um ônibus e com a luz acesa???????????? Eim????? Tem????? Teeeeem??????? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh eu queria morreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer, não, matarrrrrrrrrr; vezes e vezes tive vontade de erguer-me e dizer:

- Oi namoradinhos malditos. Será que vocês são tão desprovidos de inteligência e coordenação motora que não conseguem encontrar o buraco dessas malditas bocas no escuro para enfiar essa miserável batata da onda? Eim? Querem ajuda? Por acaso não trouxeram o cheetos bola para fazer arremesso no escuro?

Naquele momento, eu só desejava ter em minhas mãos um gato morto, para bater nos dois até fazer o gato miar, mas como sou um cara discreto, paciente, inteligente, lindo e modesto esperei pacientemente eles terminarem aquela maravilhosa, nutritiva e saudável refeição da noite, enquanto evocava as sete pragas do Apocalipse para acabar com aquela felicidade... se deu certo, não sei, mas nunca mais encontrei os namoradinhos ahahaaaahahahaaauhauhauhauhauhauhauhaha



Fonte da imagem: http://blogdozepereira.blogspot.com/2007/09/aliana-macabra.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

GRALHA AZUL

Hoje, enquanto trabalhava lembrei-me de mais uma historinha de minha nona... calma! Esse blog é meu e não dela! É que ela faz cada uma, que não posso deixar de contar aiuhuahuah

Então, um belo domingo, há muito tempo atrás, meu tio Valcir, que morava em uma fazenda, resolveu fazer aquela churrascada e chamou meio mundo para partilhar aquela maravilha. Meu pai tinha uma Topic (Igualzinha a que está ao lado), e imagina no que resultou o convite? Lotamos a Topic com toda a parentaiada ahaha (isso realmente é costume de família ehehh). Ooooo carro maravilhoso; cabem 16 pessoas confortavelmente apertadas como uma lata de sardinha... ai ai, mas era tão divertido ehhe enfim, nela fomos (Eu, pai, mãe, meu irmão Alcioni, tia Dela, Tio Plínio, seus filhos Carla e Rodrigo (Igo), Tia Vanilde e Tio Miguel com suas filhas Jaqueline e Francieli, Tia Preta e Tio Hilário e Gian, e adivinha quem? Dona Santa, é claro, ela não poderia faltar auhahuah 16 bem certinhoooooooooooooooo hhehe
E o tempo passou, e as barrigas se encheram, crianças caíram e choraram, mães brigaram com os filhos que queriam tomar banho de *açude

DICIONÁRIO INTERIORANO
*A.çu.de - s. m. Construção destinada a represar águas pluviais com finalidade econômica.

Continuando... foguetes estouraram, laranjas caíram, cachorros comeram e correram, pedras rolaram e a tarde chegou ao fim. Então, já dentro da Topic, Rodrigo e eu estávamos conversando sobre o que havíamos visto:

César - Igo, eu vi uma paca!

Igo - Nossa, eu vi um caranguejo bemmm vermelho!

César - Nooossa, sabe o que mais eu vi? Um papagaio do mato!

Nisso, repentinamente, Dona Santa interrompe:

Dona Santa - Eu viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii um passarrrrrrinho de todas as cores! Vermelho, amarelo, verde, azul, rosa, violeta, branco, preto, verde limão, roxo, lilás, laranjado, cor de burro quando foge...

(César e Rodrigo com cara de tédio) - Aé nona! Mas não era um Bem Te Vi?

DS - NÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Sabiá?

DS - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Papagaio?

DS - NÃÃÃÃÃÃO!

CeR - Mas não era um Periquito?

DS - NÃO!

CeR - Mas não era uma Gralha Azul?

DS - Não, Gralha Azul é preto e branco!

uahuahahuau cada uma que só por Deus!
Para quem ainda não entendeu é so ver a foto lá em cima. hehehe


Fontes das Imagens:
http://storm.tocmp.com/asia/Topic1.jpg
http://www.gazetadelimeira.com.br/gazetinha/imagem_noticias.php?codigo=45

domingo, 25 de novembro de 2007

Rezando no cemitério

Quando a gente mora fora da cidade de origem e os dias vermelhos dos calendários vão se aproximando, a vontade de colinho de mamãe vai surgindo do nada e se torna incontrolável... resultado: Vou para Coronel.
E foi assim que no feriadão de finados resolvi visitar minha família lááá no esquecido sudoeste do Paraná, e relembrado pela Bozena (de Toma lá da cá).
Então, já em Cvv beach, resolvemos ir ao cemitério rezar no túmulo do meu nono (percebe-se que sou italiano).
Embarcamos em nosso fusca verde metálico, ano 73: meu pai, minha mãe e eu (com as pernas encolhidas no banco de trás), e fomos até a casa de minha nona (Dona Santa), que recebia a visita de minha tia (Vanilde), então, todos resolvemos ir ao cemitério rezar, afinal, no dia de finados havia chovido tanto que mal saímos de casa. E foi assim que nosso fusca encarou a grande missão de carregar todos nós até o destino.


Alguém já ouviu aquela piada que pergunta como se faz para colocar cinco elefantes dentro de um fusca? E foi assim, três atrás e dois na frente. Na direção Valdir, pesando aproximadamente 110kg, no banco do carona, Dona Santa em seus 100 kg. Bancos traseiros: Atrás do motorista, pesando quase 100 kg, tia Vanilde, no meio Alice (minha mãe), em seus 60kg, e para finalizar: César, com seus sofridos 65 kg. Aquele fusca foi muito corajoso, e aos trancos e barrancos chegamos ao cemitério, VIVOS! Lá, como de praxe, foi aquela velha história de sempre: meu pai e eu com o destino diretamente focado no túmulo do meu nono, enquanto isso Dona Santa ia atualizando sua relação de conhecidos que partiram dessa pruma melhor. Finalmente, após várias paradas, chegamos ao túmulo, e logo minha mãe disse:
- Vamos então, rezar uma dezena do terço para o Sogro;
Rapidamente falei em seus ouvidos:
- Isso mesmo mãe, uma dezena ta bom, senão a gente não sai mais daqui hoje! (Eu gosto de ir ao cemitério, mas não em uma tarde de sol insuportável e vestido de preto).
Eu mal sabia, mas estava prestes a vivenciar mais uma história de minha nona ehhehe
Então ficamos em forma de semicírculo: Eu, pai, mãe, nona e tia.
E começou o terço... e eu, só de olho na minha nona pra ver o que ela iria fazer (foi instintivo).

Todos: "Ave Maria cheia de graça, o senhor é convosco, bendito sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre Jesus... Santa Maria (E eu de olho na minha nona: ela balançava pra cá, olhava pra lá, arrumava o óculos e rezava), mãe de Deus rogai por nossos pecadores, nisso ela disse: Ali em cima ta mofado, tem que mandar limpar agora e na hora de nossa morte, amém. (Eu queria morrer de tanto rir, mas não podiaaaaaaaa. Ela interrompeu a reza pra dizer aquilo? auhauhauhua) E o baile continuou... Creio em Deus pai todo poderoso, criador do céu e da terra (nisso a nona erguei sua mão, olhou suas unhas e disse) olhe minhas unhas Vanilde em Jesus Cristo seu único filho... iauhuahuahuhauhauhuahuha
Sei que pode parecer sem graça ler essa história, pois transformar em texto as falas da minha nona é quase missão impossível, mas mesmo assim acho que deu para entender como é estar com a minha família num feriado. Cada coisa que a gente vê e ouve... é como dizem: melhor ouvir certas coisas do que ser surdo ehehhe
Eu me divirto.